sábado, 28 de fevereiro de 2015

O quanto que eu te amo.

Por algum motivo achei que estava pronto pra falar, vi que não ao abrir a boca. Todo mundo percebe quando você trava, acho engraçado como o corte é algo que nunca foge a nossa percepção.  Eu não acredito que vivemos numa sociedade ontem tem pessoas que usam de seu discurso, pra diminuírem as classes as quais não pertencem.  Esse papo é tão pretensioso e não verdadeiro, aposto que sua tia faz isso e você ainda assim diz que não acredita. Não acreditar da invisibilidade ao problema, não se espanta, questiona.  Todo texto podia ser um pouco desconexo, daí  viveríamos da poética do discurso, procurando saberes dali e não reproduzindo palavras, olha que contraditório o texto desconsiderado como desconexo é que produz toda a nossa desconexão, presta atenção em mim, não pra me julgar e sim pra perceber o quanto eu amo você.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sangue de Boi

Olhei o vento na janela, todo roxo e com cheiro dos lírios. Posso sentir a mudança que o festival trás são tantas cores na multidão suada. Perguntei a mim mesma o que o cheiro dos lírios significava para o festival e lembrei que o cheiro da flor é a sabedoria da matriarca para os meu nariz, sei que você não entende e tá tudo bem, trabalharemos com as próprias analogias. Divirta-se enquanto estiver aqui, respeitando a si como as estrelas que somos nessa festa.

Não vai chover, eu prefiro que chova, mas não vai chover. Serão dois corpos no sol e suas cores e isso será um milagre, poder de mim pra nós que forma o eu. Que comece a febre das paixões de duas horas e os rituais de sangue de boi. Que esse vinho do povo doce não te faça cair antes da terceira lua no céu.  Não caia antes de estar tão alto que a queda antes do fim seja o maior voo de seus sonhos. Bem vindos ao meu carnaval. 

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Água

Não contei pra ninguém, mas estou morta. Fui para o mar e me afundei na tristeza límpida e bela das águas. A mesma dor que me afunda é a dor que me emerge e agora eu sou água. Ainda bem que sou estética e infantilizada e vi a graça da vida e a força da morte. No meio das lágrimas agora cotidianas ao acordar, voltar a terra é desagradável, rude e mesquinho. Necessário.  Você entendeu tudo errado, a nossa estória tá toda errada e a vaidade é a alegria do meu dia, o espelho mostra uma linda moça, talvez a mais linda, não por suas linhas e sim por sua energia, bom dia. Eu me chamo vida. 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sonho Erótico

Não sei da onde tirei coragem pra escrever isso, mas sempre acreditei que quando eu sonho com alguém de forma tão clara, é de bom tom contar. Tive um sonho erótico com você, não me entenda mal, isso não é bem uma proposta, estou dividindo esse nosso momento que eu vivi sozinha.
O sonho foi mais longo que o nosso momento, antes disso, de nos encontrarmos, estava sozinha em casa pensando nele e sentindo pena de mim mesma. Decidi ir como eu faço às vezes no plano real, subi ao terraço pra ver a cidade. O céu previa o apocalipse e eu me deliciava com as imagens, ouvi um barulho vindo da escada e eu fui ver quem era.
Dei de cara com seus olhos e você sorriu, foi lindo. Pensando bem toda vez que nos encontramos você sorri pra mim, não consigo não me apaixonar por quem sorri pra mim. Como sempre encarar você me constrangeu, abaixei os olhos e vi que você tinha uma ereção escondida na bermuda, isso me constrangeu mais e me deu tesão, sorri de constrangimento e nos despedimos, por impulso escorrei meus dedos nas suas costas ao dizer tchau. Aí você já não pode me deixar partir, me pegou pelas mãos e me levou pra garagem, pensei que preferia a escada, mas te segui, quando te senti acordei e tomei um banho.

Engraçado que quando você tá na portaria comprido sua função e eu passo dando apenas um bom dia ou boa noite sem dizer mais nada, como uma boa sinhá, sempre me esqueço de mencionar que te acho um tesão. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Cavalo

O ano do cavalo foi de superação, eu não o superei. Sinto que estou na rehab e agora sou uma boneca falante, vazio. Meu riso é falso e insano, acordo todo dia e choro, meu siso tá nascendo, sempre bêbado com Carolina falava: Um dia vou levar uma facada nas costas, o nome disso é memória.

Eu estava feliz e eu não sei o que eu fiz, me desculpem, mas por favor parem com isso. Eu sinto toda dor do mundo e eu só consigo chorar, mas sou histérico, não é isso. Eu quero ir embora agora, eu quero te superar, mas eu sou tão pequeninho e eu tô tão perdido, só não aguento mais o buraco negro da minha solidão constante, que eu sei que foi presente seu.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Hoje não tem perdão.

Quando a felicidade transbordou o copo o corpo foi ferido, era um índio, era um menino, era uma criança e foi a alegria. Tentei acreditar no amor, tentei amar e ser amado. Sobrou a dúvida.
Traições ocorrem cotidianamente e o merecimento é provação, tá provado. Fel amargo. Hoje pela primeira vez pensei no suicídio, arranhei meu rosto, agredi meu corpo.  Agredi-me por libertação, tá livre, aproveite sua liberdade infame e sua provocação amarga, deus sou eu, deus é você.  Mas mais deus sou eu.  Injustiças não serão esquecidas e a tristeza não será apagada, eu lembro e me lembro bem.

Estuprador é quem segue depois do não e não tem conversa, os amigos são nossa família, mas quem são de fato nossos amigos? Questiono enquanto choro, os médicos e suas medicinas são fajutas e vocês são fracos, eu não. Sou forte e vigoro em vida, não existe tempo pra se temer à morte, já estamos mortos, somos células do planeta, somos parte da terra. De o exemplo meu irmão, demonstre seu amor, que terá amor, demonstre sua guerra que terá luta, não vou me trair, então não se atraia e tenho uma boa noite. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sentindo o sol nas costas.

O sol arde, uma amiga profetizou sobre o primeiro animal a sentir o sol nas costas, eu senti e ele arde. Milhões de anos de culpa e dor num corpo obsidiado de obscuridades diversas, não conheço a luz. Ilumine-me para seguir em frente, sempre, eu sou.