sábado, 28 de agosto de 2010

Motivação

De novo ele chega em casa num estado deplorável, ainda posso sentir o cheiro das calcinhas baratas que ele pegou. Estou aqui trancada no quarto enquanto ele destrói a sala de estar, nunca pensei que homem vindo de família rica fosse desse feitio, mas nenhum membro dele ira me perfurar essa noite, por isso sei que meu rosto sentirá o peso de suas mãos.
Quando jovem o via tão elegante passar por mim, tão belo como sempre o fora e flertando comigo, fui uma boba em ver amor nos ritos sociais. Agonia do bêbado me violentar eu sinto agora, de tantas lágrimas não posso ler a primeira parte do que escrevi, essas lágrimas de medo caem pesadas nas páginas desse diário, que contem meus segredos, queria ter coragem para ser adultera, mas nem para vingança de adultério eu sou criada, como irei eu me defender de suas agressões.
Ele não sabe, mas eu estive grávida, livrei a criança desse monstro, não poderia fazê-lo viver no terror que eu vivo, estou tão fodida que nem a alegria de ser mãe eu vou ter, mas não digo isso a ninguém. nunca vou admitir que isso que todos acham que é um sonho na verdade é um pesadelo, afinal as putas que ele come não freqüentam nosso circulo, se ele pensar em me largar eu o mato antes, pois antes de tudo meio orgulho está intacto.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Voyeur

Era triste que sua beleza era tudo que ele tinha a oferecer, seu mundo repleto de futilidades não tinha alma de herói, ao menos ele poderia usar heroína. Calado era magnífico só que quando abria a boca era o verdadeiro horror.
Desolada vive nossa romance, eu era uma verdadeira voyeur a nossa a vida a dois, não me interessava pela sua vida, as vezes ele perguntava por mim, sobre mim, eu simplesmente o beijava, calando-o por fim. Ele não servia para conversar e falar sobre minha vida gastaria muito tempo.
A verdade que eu era tão bela quanto ele, pensava em manter nossa relação pela futura cria, mas não o apresentava aos meus amigos, a minha família e sequer a minha casa, mas eu gostava tanto de olhar para ele.
Uma noite em seu apartamento ele me disse “ Rosa, eu te amo” eu o olhei como sempre, levantei olhei-me ao espelho e não responde, nesse momento Victor levantou da cama e bateu com o meu rosto no espelho, eu desmaiei. Quando acordei tinha pontos no rosto e estava em um hospital, depois disso nunca mais ouvi falar de meu belo menino vazio.

Caro Senhor

Não posso mais servi-lo, não sei mais estar a sua sombra, querido, eu me pergunto como vai viver sem minhas coxas? Não poderá eu sei, mas isso não me importa agora, não sou sua menina e você já não é um rapaz.
Claro que me lembro dos dias de sol e também das noites frias sozinha no moquifo que me deste. Eu não quero mais te tocar, que nojo seu corpo sobre o meu, não vou passar minha vida sem família, apesar de todos saberem que eu sou uma verdadeira vadia, então se lembre, deixe aquela quantia, que a vida tá cara, para mulher sozinha qualquer.
Não vou deixar você partir, sem uma ultima dança. Comporte-se e tocará meus seios, sentirá minhas pernas e beijará meu ventre, só que não terá meus lábios.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O asco de meus olhos,
O asco de meus cabelos,
O asco de meus seios,
O asco de meu rosto,
O asco de meu ventre,
O asco de meu ser.
O meu asco é a forma ousada como você me descreve.