quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Água

Não contei pra ninguém, mas estou morta. Fui para o mar e me afundei na tristeza límpida e bela das águas. A mesma dor que me afunda é a dor que me emerge e agora eu sou água. Ainda bem que sou estética e infantilizada e vi a graça da vida e a força da morte. No meio das lágrimas agora cotidianas ao acordar, voltar a terra é desagradável, rude e mesquinho. Necessário.  Você entendeu tudo errado, a nossa estória tá toda errada e a vaidade é a alegria do meu dia, o espelho mostra uma linda moça, talvez a mais linda, não por suas linhas e sim por sua energia, bom dia. Eu me chamo vida. 

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