Existe uma bruxa aqui, não se engane sobre isso. Ela vive
para nos ensinar a lidar com a força, não é isso de poder não. Lidar com a
força motriz em você, uma descarga de energia explodindo pro mundo. Não entenda
o mundo de forma simplória, acho que talvez devêssemos pensar o mundo como um
reino, nossos reinos, pensar-nos como os reis de si. Essa bruxa nos diz isso,
com cada flor de jasmim que ela nos da e o chá de gengibre que nos serve, assim
nos mantendo aquecidos, aquecidos com calor dos afetos. Ela clama que seja construído
por nós o máximo de laços com as existências, ela clama amor. Muitos a
perseguem por não saber lidar com as praticas pagãs da mulher, a perseguem pelo
arquétipo do feminino, a perseguem por se ela e não ele. Ela aceita e as vezes
morre, outras vezes resiste e sobrevive.
Um dia eu a pedi para ver quem ela era e como ela era, mostrou-se,
depois me pegou pela mão, levou-me até o espelho, mostrando-me o meu próprio
reflexo e depois apontou para janela, num sentido que eu pude perceber que ela
falava do mundo todo. Disse que ela era tanto o eu, como o outro e o mundo, sendo
dessa mesma forma ela mesma. Existimos no outro, no mundo e em si, existimos
nos laços que construímos. Eu existo em tudo que amo.
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