quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Todo Dia

Carrego nas costa um fútil ser, ele sopra aos meus ouvidos vontades tolas, ele normalmente é tão persuasivo. Outro dia estava eu admirar a vida olhando todas as suas esquinas, resolvi fazer uma alta avaliação e lembrar quais eram minhas prioridades, eu me assustei, percebi que elas eram tão idiotas e minimalistas de um todo bem egocêntricas. Fiz revolução, daquele dia em diante eu mudaria o mundo, melhor, salvaria esse mundo, seria o grande guerreiro de paz a qual meu nome me prestigia com o seu significado, compraria brigas que foram em modos sombrios resolvidos, tudo tomaria o rumo certo e minha alma seria finalmente salva e minha consciência regenerada, mas quando me levantei e me prontifiquei a tomar um rumo, esse ser pesou e do seu jeito sutil e eficaz soprou em meus ouvidos toda sua futilidade e seus argumentos mesquinhos, resisti, mas não o suficiente e novamente me sentei voltei a admirar a vida com os mesmo olhos que estavam direcionados pro meu estranho umbigo e minha mente mais fazia do que antes, só faltava babar. Decepcionante, mas infelizmente bem comum.

5 comentários:

Daniel Gaivota disse...

: )
Desde novembro você postou seis vezes. Quatro delas falando sobre si mesmo.
Tem certeza que você queria mesmo ficar numa janela observando o mundo?
Ou será que você quer que o mundo observe você?
Ou será que a janela é na verdade um espelho?

Não, não compro nenhuma delas, tô só brincando com você.. auhuah!



PS: É inevitável escrever sobre si. Tudo é biografia, e tudo o que se escreve é autobiografia.

Igor Dorneles disse...

Errou de novo, não é sobre mim.

Daniel Gaivota disse...

Inevitavelmente é sobre si.

Ninguém consegue escrever nada que não seja autobiografia.

Igor Dorneles disse...

Julga-te como se fosse a mim! :*

B. disse...

De todos os textos que li aqui, esse foi o que mais gostei...