domingo, 11 de agosto de 2013

Fatalidade

Cada sonho depositado se esvairia na fluidez do sangue que jorrava de sua garganta, ela chorava ao perceber que seu filho morrera e ele o havia matado. Casou-se jovem com homem de moral indiscutível, como foi feliz descobrindo a vinda de seu primogênito. Ele odiava o pai a aquela altura, o pai era reciproco ao sentimento, o ambiente fedia quando os dois ocupavam a mesma sala, ela agora muito católica fazia novenas para que a paz voltasse a sua casa. Grávida do segundo, no quarto aniversário do primeiro, o pai o levou para um passei, ao voltarem nada foi igual. Numa noite os dois brigaram e o filho empurrou o pai que caiu batendo a cabeça na mesinha de centro, morrendo instantaneamente, ao entender a fatalidade sentiu que finalmente teria paz, isso até seu filho mais novo dilacerar a garganta do irmão com uma faca, movido por todo ódio do mundo.

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