Cada sonho depositado se esvairia na fluidez do sangue que
jorrava de sua garganta, ela chorava ao perceber que seu filho morrera e ele o
havia matado. Casou-se jovem com homem de moral indiscutível, como foi feliz
descobrindo a vinda de seu primogênito. Ele odiava o pai a aquela altura, o pai
era reciproco ao sentimento, o ambiente fedia quando os dois ocupavam a mesma
sala, ela agora muito católica fazia novenas para que a paz voltasse a sua
casa. Grávida do segundo, no quarto aniversário do primeiro, o pai o levou para
um passei, ao voltarem nada foi igual. Numa noite os dois brigaram e o filho
empurrou o pai que caiu batendo a cabeça na mesinha de centro, morrendo
instantaneamente, ao entender a fatalidade sentiu que finalmente teria paz,
isso até seu filho mais novo dilacerar a garganta do irmão com uma faca, movido
por todo ódio do mundo.
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