segunda-feira, 8 de julho de 2013

Brisa

    Caminhando pelas ruas truculentas do centro, sentindo-se completamente acuada pelo movimento apressado dos outros, como se eles não corressem a vida iria escapar-lhes pelas mãos.

   Ela sabia que correr por um objetivo medonho de atender as ânsias de um emprego ou chegar em casa para seguir a rotina, era sim deixar que a vida escape pelas mãos.

   Quando menos percebera estava numa ruela sem quase nenhum movimento, pôde respirar. Tinha feito um movimento involuntário de  escapar da multidão e assim seguiu olhando as construções.


   Veio o vento, e ele era quente. Primeiro cobriu todo o corpo dela, assim que ela o sentiu.  Depois o vento acariciou seu rosto, beijou os lábios, tocou os seios, desceu os ombros indo as mãos, lambeu a sua vagina e ela gozou. Teve certeza que havia trepado com o mundo.

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