quinta-feira, 18 de abril de 2013

Carolina

É inegável a nossa maldição. Amor infame e perverso que nós temos. Como não conhecer-nos empiricamente, assim no desejo da carne. Queria tanto mais que querer conseguir seu toque com bom grado e oferecer-te o meu da mesma forma, minha querida amiga, estamos condenados a ser amantes que não se amam no sentido erótico da palavra. Nenhum toque delas lhe causa mais arrepios que minha pena nesse momento, eu sei. Todos homens que recusam minhas caricias o fazem bem, pois nunca serão como seriam pra ti. Infelizmente somos um casal que não se deita juntos a cama e nunca seriamos ou seremos isso, você é minha família e eu sou nobre rapaz. O martírio do amor errôneo nos acompanha na eternidade dessa cumplicidade, mesmo que isso seja apenas uma revelação lúdica da minha realidade momentânea.

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