segunda-feira, 13 de abril de 2009
Amante
Mundana e libertina era ela, sempre com seu justo e belo vestido vermelho, com os cabelos ao vento e seu rosto sempre com uma expressão de triste felicidade. Seus amantes e suas amantes eram incontáveis a pondo de não lembrar seus rosto, mas com cada ser que se deitava, roubava uma peça de seu traje, para manter uma máxima pessoalidade impessoal. Isso a fazia feliz, guarda cada mínima peça numa gaveta dourada, umas meias-calças desfiadas a um relógio de ouro eram grandes troféus, disse que não lembrava o rosto do amante, mas o cheiro dele, Dora nunca esqueceria. Mantinha o ritual de abrir sua grande gaveta e cheirar todos os seus suvenires, para projetar a imagem pelo cheiro, por horas gargalhava lembrando da impureza de seus orgasmos, toda noite, menos em noite de lua, ela saia para conseguir novas aquisições, novos orgasmos e cada dia um novo aroma.
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8 comentários:
Todos estão roubando a minha mania de sentir o cheiro das pessoas...
Esse texto é uma mistura de Gabriel García Marquez,Bukowski e eu...
Excitante.
Realmente realmente gostei :}
Dora é um nome muito lindo. E vc escreve bem por sinal, bem facil de visualizar, bem realista, adoro.
Dora é uma amante livre, ela consegue amar vários mesmo só com seus aromas, Dora ama.
Carolina, não é só você que tem olfato! hahaha
Igor, cê tá se superando, esse foi o primeiro que eu gostei BASTANTE (:
Clara pode falar que é único que gostou, esse é um dos poucos que eu gosto, afinal aqui é um baú de entulhos eu posto tudo que escrevo, quando lembro de postar, tem uns que eu gostaria tanto de postar mas eu acabo perdendo e tal...
sequelei, mas não ligo meu bem e fico feliz que tenha gostado que todos gostaram ihihi
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