terça-feira, 20 de maio de 2014

Céu

Eu sou o céu que vive no alto da torre, tempestuoso, mutável e belo. Quem me dera, fluído e mistico como um céu ser, talvez necessário pro outro, ter medo de ser descartado é o que sempre minou as minhas relações, não, ter a certeza que algum momento seria descartado e não saber lidar com a angustia dessa experiencia é o que minou minhas relações, será?
Tem dois dias que a gente se pegou, foi uma graça e tal, mas não sei se quero de novo, não sei se queria sabe, ai que horror. No alto de uma torre vivia uma linda princesa, que arrastava sua saia na praça e piranhava a noite toda. Forma que eu me retraria numa fabula, eu amo todo mundo! Êêê vamu trepá! Muito complicado esse afeto, cheio de culpa, cheio de tristeza, prisões, vergonhas e tabus. Não sei como vocês consegue namorar nesse contexto, namora comigo vai? Epa que doideira, isso é uma delicia.
Compreendo claramente a acusação que nos movemos pra trepar, talvez seja esse o caminho, se a gente trepasse uns com os outros e ia ser muito mais difícil te deram um tiro de borracha na cara e a galera não cair pra cima do policia.
Uma torre que não é prisão, não é tristeza ou fábula, meu lar, o céu do alto da torre.

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