Caminhando pelas
ruas truculentas do centro, sentindo-se completamente acuada pelo movimento apressado
dos outros, como se eles não corressem a vida iria escapar-lhes pelas mãos.
Ela sabia que
correr por um objetivo medonho de atender as ânsias de um emprego ou chegar em
casa para seguir a rotina, era sim deixar que a vida escape pelas mãos.
Quando menos
percebera estava numa ruela sem quase nenhum movimento, pôde respirar. Tinha feito
um movimento involuntário de escapar da
multidão e assim seguiu olhando as construções.
Veio o vento, e ele
era quente. Primeiro cobriu todo o corpo dela, assim que ela o sentiu. Depois o vento acariciou seu rosto, beijou os
lábios, tocou os seios, desceu os ombros indo as mãos, lambeu a sua vagina e
ela gozou. Teve certeza que havia trepado com o mundo.